quinta-feira, 2 de junho de 2011

Pesquisa aborda crianças e adolescentes em situação de rua

Pesquisa censitária realizada em 75 cidades (com mais de 300 mil habitantes) identifica 23.973 crianças e adolescentes em situação de rua: 59,1% dormem na casa da família e trabalham nas ruas, 23,2% dormem em locais de rua, 2,9% dormem temporariamente em instituições de acolhimento e 14,8% circulam entre esses espaços.

A pesquisa foi realizada pelo Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (CONANDA) e pela Secretaria Nacional de Promoção dos Direitos da Criança e do Adolescente (SNPDCA) por meio de parceria com o Instituto de Desenvolvimento Sustentável (IDEST).
– A pesquisa traçou o perfil das crianças e adolescentes em situação de rua. Os meninos são a maioria – 71,8% e a faixa etária mais comum é entre 12 e 15 anos (45,13%). Do total de pesquisados, 49,2% se declararam pardos ou morenos, enquanto 23,6% se declararam negros.
– Os vínculos com as famílias são mantidos na maior parte dos casos. Mesmo entre as crianças e adolescentes que dormem nas ruas: 60,5% delas têm contato com familiares. Entre os entrevistados, 21,8% declaram ter uma relação ruim ou péssima com os pais, enquanto 55,5% declararam ter uma relação boa ou muito boa.
A pesquisa mostra que aqueles que dormem na casa de suas famílias possuem melhores condições de vida, alimentação, escolaridade e saúde.
sto demonstra a importância da convivência familiar e comunitária para a proteção de crianças e adolescentes e a necessidade de políticas públicas que apóiem as famílias em sua função de cuidado e proteção de seus filhos e filhas, afirma texto de divulgação.

Motivações
A violência doméstica é um dos principais motivos para explicar a saída de casa entre aqueles que dormem nas ruas – foi citado por 70% dos entrevistados. Foram citadas brigas verbais com pais e irmãos (32,2%), violência física (30,6%) e violência e abuso sexual (8,8%).

Educação X Trabalho

- Entre as crianças de 6 a 11 anos, 61,1% frequentam a escola. Na faixa de 12 e 17 anos, o índice cai para 40,6%.
Mais de 65% do universo total das crianças e dos adolescentes em situação de rua exercem algum tipo de atividade remunerada, entre as quais destaca-se a venda de produtos de pequeno valor (39,4%). Outras atividades comuns são a de "flanelinha" e lavagem de parabrisas em semáforos (19,7%), a separação de lixo e material reciclável (16,6%) e a de engraxate (4,1%). Cerca de 29% pedem alimentos ou dinheiro.
 
 Alimentação

- Do total de entrevistados, 13,8% não se alimentam todos os dias. Entre aqueles que dormem nas ruas, a porcentagem sobre para 28,4%.
A pesquisa revela ainda que 12,9% dos entrevistados já foram impedidos de receber atendimento na rede de saúde e 6,5% foram impedidos de emitir documentos.

Fonte: http://agentedapaz.org/profiles/blogs/pesquisa-aborda-criancas-e
 CECRIAhttp://www.cecria.org.br


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